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Minha mãe teve quatro filhos, três meninos e uma menina, cada um de um relacionamento. Eu fui o primeiro, outros foram adotados no hospital e o último está com ela. Complicado entender e fácil julgar, mas ela era jovem, e não tinha condições.
Meus avós maternos tiveram dez filhos, cinco homens e cinco mulheres, todos surgiram no litoral gaúcho. Ao longo dos anos foram se espalhando, casando e indo embora, muitos para outros estados, e uma de minhas tias foi para Cascavel, no Paraná. Foi numa ida para esta cidade que eu nasci.
Bem, eu convivi algum tempo lá, voltei para o Rio Grande do Sul e voltei para o Paraná umas muitas vezes... numa destas idas e vindas uma tia materna me adotou e aqui em Porto Alegre resido até hoje. A minha mãe não tinha condições de ficar comigo e hoje não culpo ela por isso, mas agradeço meu Pai lá de cima pela família que me deu. Ainda tenho contato com minha mãe e meu meio irmão, mas o pai realmente nunca soube de mim... não tenho nada além de uma foto. Ele tocava e cantava numa banda.
A irresponsabilidade e êxtase das noites causam dores de anos em algumas pessoas. Creio eu que estas idas e vindas me marcaram bastante, assim como a ausência de pai, mas consegui superar muito, exceto a genética...Bem, a genética é a outra página das desventuras que vocês vão ler mais adiante.
Quero deixar claro que amo todos os meus familiares, de longe e de perto,e... embora tenha acontecido muita coisa não tenho mágoas de ninguém, amo vocês meus tios e primos e, embora não conheça todos, os guardo no coração.
Ao longo deste capítulo você poderá conhecer alguns deles e entender o grau de importância de cada um em minha vida… principalmente minha nova mãe que sofreu muito e deixou sua vida para ficar comigo*.
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*“É quando nos esquecemos de nós mesmos que fazemos coisas que jamais serão esquecidas.’’ Ellen G. White
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